Recentemente, descobri as pedras em lascas. Estavam todas misturadas e ainda sem polimento. Neste caso, suas cores parecem meio ocultas, dificultando sua identificação. Menos para o olhar treinado do gentil rapaz que pacientemente escreveu o nome de uma a uma, numa etiqueta, e colocou-as num pequeno saquinho para mim. Assim comecei meu catálogo e aprendizado sobre as características das pedras.
Na vida também pode é assim. Estamos todos misturados, como as pedras que adquiri. Entretanto, não precisamos de catálogo para identificar as pessoas! O conhecimento do humano passa pela empatia, pela intenção, pela vontade de saber sobre o outro. Essa pré-disposição é o que nos garante ampliar nosso leque de informações sobre as pessoas, sem rotulá-las.
Vemos, no entanto, que esta tarefa ou habilidade torna-se bastante difícil quando o sentimento é de medo em relação ao outro. É da natureza humana sentir medo, faz parte da nossa auto-preservação. Mas, em doses elevadas, pode nos isolar e comprometer o que vemos. Nestas circunstâncias, vozes experientes no trato humano podem ajudar. Mas… também é preciso vontade para ouvi-las!